Taverna do Orangotango Esfacelado (mas vivo)
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Carne nova nas Brumas. - Capítulo 1

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Carne nova nas Brumas. - Capítulo 1 - Página 2 Empty Re: Carne nova nas Brumas. - Capítulo 1

Mensagem por Matilda T Ter 5 maio 2020 - 15:53

Inanna escutava com ceticismo. A história do homem era surreal, mas não impossível. Os poderes de clérigos dos elementos, algumas das formas de magia que ela já viu e das ruínas que já explorou mostram que outros mundos são uma possibilidade, mesmo que remota.

Mas isso só seria relevante se, no fim, a magia dele fosse isenta de culpa. E se fosse, nada daquela loucura faria pra ela qualquer diferença. Inanna manteve o foco e recriou algumas vezes a estátua de ectoplasma, agora entoando palavras estranhas enquanto se concentrava, que pegaram o homem de surpresa.

O final daquela narrativa determinaria tudo. Se parecesse que era apenas uma tentativa de enganá-la Inanna apenas terminaria o que começou. Mas se o homem pudesse sim demonstrar inocência sobre seu crime principal, ela daria a ele o voto de confiança necessário.

Assim foi. Quando o homem pediu para demonstrar, ela só exigiu que ele dissesse exatamente o que faria antes de tentar. Uma cópia, fosse ilusória ou tivesse substância, não era uma ameaça que ela não pudesse revidar. Mantendo a sua percepção aumentada, a Halfling observou conjuração e efeito, e observou o mundo ao redor, para garantir que os poderes ilusórios do mago não ocultassem dela efeitos da magia de um Profanador.

ações:

-- Muito bem. Eu não sei se o que diz é verdade ou loucura, nem me importo. Você não é um Profanador, nem sei se é um Preservador ou outra coisa, mas não é culpado.

-- Peço desculpas pela agressão e reconheço a resiliência em resistir à minha criação. Vou acompanhar e proteger sua viagem por enquanto, pois muitos são os inimigos dos arcanos neste mundo.

Inanna se acalmou, embora não tenha dissipado a criança de pensamento ao lado do viajante. A criatura ainda servia para lembrar a todos os presentes que ela estava pronta a lutar caso alguém tentasse sabotar essa paz repentina. Ela não seria beligerante, mas também não seria surpreendida facilmente.

E assim prosseguiram em sua viagem para a "cidade" de Altaruk, a fortaleza independente.

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Mensagem por Mamorra Sex 8 maio 2020 - 20:55

ABADDON - CAMARA DE TORTURA - NOITE

Os hematomas eram enormes e as chances da garota tinham acabado. O pouco de esperança que ela tinha se tornara desespero. Ela assentiu com a cabeça e começou a ouvir Abaddon falar sobre o tal anjo que ela vira. Repetiu várias vezes que não sabia do que se tratava e foi severamente punida por isso. Seus olhos, inchados de choro e golpes, olhavam suplicantes por uma solução divina.

-- O que seria pior do que morrer? – Perguntou a menina em prantos.

Estar ali, com a sua algoz, era um perfeito exemplo disso. Naquele momento ela entendeu que jamais voltaria para seu pai. Que a Anjo diria a ele que, durante o combate, ela tinha preferido tirar a própria vida a voltar para casa. Que ali era seu fim.

Carne nova nas Brumas. - Capítulo 1 - Página 2 Ede96e8ef98d318810910d6cc395de58

Num momento, quando Abaddon pegava um novo instrumento para seu trabalho, ela viu um sorriso no rosto da garota. Algo completamente diferente e assustador de tudo o que ela havia presenciado. Ela começou a rir descontroladamente enquanto olhava para Abaddon. Seus olhos pareciam penetrar sua alma.

AUDIO:

-- Sabe qual a coisa pior que a morte, pequena Aniel? É ter que me encontrar... – Disse ela após parar de sorrir. Num instante, ela soltou-se das amarras e transformou-se na menininha de cabelos prateados – Achou mesmo que tudo o que fazia iria passar impune? Achou mesmo que a ira dos Céus não cairia sobre você? Quando caíram em cima da Estrela da Manhã? – Ela andou e aproximou-se de Abaddon, tirando-lhe o instrumento sem ao menos tocar – Sorte minha que Miguel me deu a sua sentença de destruição. -- Um apontar de dedos e Abaddon estava paralisada – Por decreto dos Arcanjos e por determinação dos Ceifeiros, Aniel, tola prometida a um destino grandioso, está condenada as Terras das Brumas, onde vagarás sem a vastidão de seus poderes.

Nevoas densas começaram a entrar por todo o lugar e a Anjo Cinzenta sorria.

-- Se tiver uma boa sorte, garotinha, não nos veremos mais... Mas não acredito que você é tão sortuda...

FIM DO CAPÍTULO 1 PARA ABADDON
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Mensagem por Ryoto Sáb 9 maio 2020 - 22:29

AUDIO:

Meio segundo. Esse foi o tempo que o Varric levou para acordar, mirar e decidir se o intruso ali merecia uma bala no meio da testa ou não. Por sorte do Cedric, o Varric havia cometido um erro antes de dormir, suas pistolas estavam descarregadas. Varric retirou rapidamente a mão da boca e se levantou rapidamente tentando entender o que estava acontecido.

-Você é louco? Quase tomou uma bala na fuça de graça. O que está acontecendo? Que cheiro de fumaça é esse? - O cheio o despertara completamente e ele já começa a organizar seus pertences.
-Está havendo uma confusão enorme lá fora. Mortos-vivos estão varrendo o vilarejo, ateamos fogo aquelas "coisas" mas não adianta, algo está fortalecendo-os de forma descomunal.
Quase como um filme passou na cabeça de Varric nesse momento. Não pode ser. De novo NÃO. Cedric notando o terror e a fúria misturadas nas afeições de seu companheiro de aventuras praticamente em choque, balança-o e chama, tentando acordar ele de seu transe.
-Alguém está comandando-os? - Disse Varric, assim que conseguiu "voltar a realidade".
-Recebemos relatos de que tudo começou perto o cemitério do vilarejo. Não é uma surpresa, pra falar a verdade.
-Vamos! - Disse Varric já pronto. - Precisamos salvar esse lugar, não podemos simplesmente sair com o rabo entre as pernas.
-Você está louco? Eu já disse, essas coisas são poderosas demais, não são zumbis comuns!
-Se essa é a sua resposta final, tudo bem. Boa sorte tentando encontrar o próximo vilarejo daqui, há 3 dias de viagem. Isso se conseguir sair daqui vivo. - Varric sai pela varanda da estalagem, para avaliar o local.

Carne nova nas Brumas. - Capítulo 1 - Página 2 Vilarejo

Varric sabe que como Cedric é o típico guerreirão desajeitado, sair daí sem ser notado seria impossível, então a ajuda dele estava quase certa. Enquanto isso, ele avaliou a situação com calma. Quase metade da cidade estava em chamas, corpos civis pelo chão e logo adiante uma ofensiva dos aventureiros locais, todos empenhados em conter a ameaça. Assim que prestou atenção ao local, olhou incrédulo! Um dos zumbis levantou um dos aventureiros e o rasgou no meio. -Definitivamente isso não é normal. Preciso encontrar a fonte agora! -  Deu meia volta para o quarto e irrompeu para o interior da estalagem levando o inconformado Cedric junto.

Foi difícil, seu companheiro de empreitada era bem espaçoso e barulhento. Algumas técnicas de infiltração pra cá e alguns desvios pra lá e após cerca de 20 minutos estavam eles esgueirando os arredores da igrejinha do vilarejo. Com toda a calma do universo, Varric foi até uma das janelinhas e bisbilhotou o que estava dentro.
Carne nova nas Brumas. - Capítulo 1 - Página 2 Davernoch_LN
Varric não sabia exatamente o que era, mas sabia que precisava matar. A criatura segurava um cristal de cor roxa, bem sinistra, em cima de um pedestal de aparência bem sepulcral. Estava de olhos fechados e recitava alguma coisa inaudível. O anão sentia que a cada "palavra" dita, mais sinistramente a orbe brilhava. Todo esse ambiente estava encharcado de sangue. Chão, teto, paredes, não existia sequer um único lugar que não estivesse profanado. Vendo a gravidade da situação, Varric não teve tempo de raciocinar, procurou outra janela com ângulo melhor e planejou seu ataque. Voltou ao Cedric e os dois estipularam o plano. Cedric iria chamar a atenção da criatura, que deixaria o orbe no pedestal e aproveitando-se do descuido, Varric acertaria o artefato com Bianca e o destruiria.
-Pronto? - Perguntou Varric.
-Obviamente que não. - Respondeu seu amigo, com uma expressão claramente temerosa.
Se aproximaram e começaram a operação. Cedric irrompeu pela igreja, chutando a porta. Com a interrupção, a criatura já se move para o encontro do guerreiro, assim como planejado. Varric acompanhava toda a ação pela pela janela escolhida. Sua calma e concentração eram implacáveis. Mirando milimetricamente, ele aguardava o momento perfeito para destruir aquilo e só teria uma única chance.

-Coragem ou suicídio? - A criatura quebra o silêncio recém restaurado.
-Me diga você, criatura. - Cedric não escondia o nojo, aquela cena talvez fosse demais até pra ele.
-Bom, não tenho tempo a perder com você. O Mestre ficará aborrecido se o planejamento não for seguido à risca. Adeus. - Ao dizer a última palavra, a criatura em uma piscada teleportou ao lado do Cedric, colocou a mão em seu peito e recitou - "Ryxue txuyd". - Explodindo o peito do guerreiro.

No exato momento em que Varric perdeu a criatura de vista, ele sentiu que aquela era a hora. Terminou de mirar e pedindo ajuda a todas as forças do universo, ele atirou. Acertou em cheio o orbe, causando uma rachadura em sua estrutura. A orbe imediatamente começa a brilhar mais forte, como se perdendo o controle da magia. A criatura olha pela janela recém estilhaçada e imediatamente conjura outra magia - "Dxqxlasxzau" - Neste momento Varric é puxado em direção à criatura de forma abruta e brutal.

-Mortal insolente, O QUE VOCÊ FEZ? - O lich olha descrente para a cena à sua frente e instantaneamente teleporta para o orbe, gesticulando como se segurasse o orbe no ar. - Está desestabilizado, vai acabar com todo o meu trabalho.
-Aleluia. Deve ser o suficiente para acabar com todas àquelas aberrações no vilarejo. - Nesse momento o Varric olha para Cedric, já desfalecido. - Ao menos o sacrifício de alguns não será em vão.
-Tolo insolente, e tão inocente. - Começou a criatura. - Admito, você atrasou um pouco meus planos. Mas agora condenou todos nesse vilarejo imundo. - Não conseguia mais disfarçar o deboche e a raiva... - Esse artefato não apenas invoca mortos-vivos, mas também aprisiona as almas das mortes próximas, reunindo energia mágica pura. Agora, desestabilizado, está fora de controle e irá explodir, consumindo toda e qualquer energia vital por esses arredores. - Fez uma pequena pausa, olhando para o orbe, visivelmente frustrado. - Bom, a conversa se estendeu demais mortal. Voltarei para buscar seu cadáver podre, o Mestre vai querer brincar com você.

A cada segundo que passava, mais descontrolado era o brilho da orbe. No fundo Varric começava a acreditar nas palavras da criatura e sua esperança começava a se esvair aos poucos. - TOLICE. - Gritou ele, buscando forças para mentir para si mesmo. - SE FOR VERDADE, VOCÊ IRÁ JUNTO. - Varric empunha suas duas pistolas quase que como um piscar de olhos e atira em direção ao Lich. Infelizmente a criatura já não estava mais lá.

Num surto de descontrole, Varric se levanta e vai correndo em direção ao orbe. À uma piscada de distância de alcança-lo, a luz já estava forte demais.
Carne nova nas Brumas. - Capítulo 1 - Página 2 Png-transparent-purple-violet-magenta-circle-orb-purple-violet-computer-wallpaper
E tudo ficou branco.

----- FIM DO CAPÍTULO 1 PARA VARRIC -----
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Ficha do personagem
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Campanha: Doutores das Brumas

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Mensagem por Mamorra Seg 11 maio 2020 - 23:05

INANNA - MEIO DO DESERTO - TEMPO INDETERMINADO

AUDIO:

O grupo caminhou por muito tempo durante aquele dia e Inanna via o Viajante cada vez mais nervoso, como se esperasse um ataque surpresa de algum lugar. O restante ia bem tranquilo, quase abobalhado, pelo deserto. A halfling ficou apreensiva com emboscadas, mas estranhamente nem um misero inseto passou por perto da caravana. Ela imaginava se aquilo se tratava dos poderes do Viajante.

“Seja bem vinda...” Uma voz sussurrou para Inanna, que, preocupada, tentou localizar de onde vinha a voz, o que se mostrou uma tarefa completamente infrutífera. Os membros da caravana mantinham seus afazeres e o Viajante fez um sinal para que eles montassem acampamento, contra todas as medidas de segurança. Se aquela frase não fora já incomoda o suficiente, essa parada só a deixou mais alerta, como se todos os sinos de morte tocassem ao mesmo tempo.

“Nós a aguardamos há muito...” O segundo sussurro foi ainda mais claro, como se falassem ao seu lado. Novamente ninguém fez a mínima menção de ter visto nada, e isso a deixava mais inquieta. O Viajante, por sua vez, sentou-se em uma pedra enquanto observava tudo, pelos ombros. Colocou a mão em suas vestes e sacou algo que deixou embaixo de um pano.

Um vento gelado começou a soprar do oeste e todos ali sentiram um terror congelar a espinha. Os homens se armaram e o Viajante retirou do pano um par de lâminas curtas no mais fino aço que ela já vira. Uma delas ele usou para dar um profundo corte no próprio braço, fazendo um circulo ao redor de todos. Em seguida, Inanna invocou o gigante e preparou-se para um ataque sabe-se lá qual seria.

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Uma tempestade de areia começou a se formar. Essa, porém, era diferente de outras. Havia algo de maligno nela. Como se houvessem olhos observando por dentro das paredes de pó. Olhos que penetravam suas almas.

Com uma bruta pisada no chão, o Viajante fez o circulo de sangue se tornar uma muralha de energia arroxeada, que segurou o avanço da tempestade por um bom tempo.

“Seja bem vinda, Inanna...” Dessa vez todos ouviram em alto e bom som. O constructo de pensamento segurava sua criadora para que ela não voasse com os fortes ventos. Mas, mesmo ele, não foi capaz de ver quando a areia se abriu abaixo dos pés da halfling e a sugou num vórtice negro.

-- NÃO!!! – Gritou o homem enquanto tentava segurá-la, em vão e Inanna era levada sabe-se lá Deuses onde.


FIM DO CAPÍTULO UM DA INANNA
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